Gestão do conhecimento e as organizações

A leitura do artigo “Gestão do conhecimento determina sobrevivência” com Devsen Kruthiventi, Ph.D. em matemática e executivo de uma das companhias do maior conglomerado empresarial da Índia, o Grupo Tata, mostra alguns pontos interessantes em relação ao Gestão do Conhecimento, entre os quais:

• Analogia da gestão do conhecimento com deusa Saraswati. Saraswati é a deusa da sabedoria, das artes e da música. Ela é protetora dos artesões, pintores, músicos, atores, escritores e artistas em geral. Ela guarda aqueles que buscam conhecimento relacionada à eloquência e ao desenvolvimento do pensamento, da mente e do corpo (WE MYSTIC, 2019).   Ela é representada com quatro braços, que seguram um instrumento musical, um rosário indiano e um livro e está sentada numa flor de lótus branca, na companhia de um cisne.  Dentro do contexto organizacional, Kruthiventi (EXAME, 2019) aborda que “o rosário significa meditar; o instrumento, socializar; o livro, perpetuar; e o cisne é a única ave capaz de separar o leite da água, o que mostra a importância de saber selecionar”.  Interpretando metaforicamente essa analogia, na visão deste executivo, a gestão do conhecimento é o ativo mais importante da organização. O conhecimento precisa ser selecionado, socializado e compartilhado por todos para agilizar os processos de negócio e a tomada de decisão de forma assertiva.
• Espírito da gestão do conhecimento baseado na palavra “laser”. A letra L significa learn (aprender). A letra A significa apply (aplicar). A letra S significa share (dividir). A letra E significa enjoy (desfrutar) e, por final a letra R de reflect (refletir). Isso significa que a Tata tem um modelo conceitual para gerir a gestão do conhecimento, a fim de padronizar a comunicação e o entendimento organizacional por meio de tecnologia, processos e pessoas. Como resultado, a Tata espera que o conhecimento seja adquirido, aplicado, dividido, desfrutado e refletido por todos na empresa.
• “O mero conhecimento não é poder, é somente possibilidade. A ação é poder” (EXAME, 2019). Essa frase é uma mudança de paradigma na forma de enxergar o conhecimento. Isso significa que o conhecimento somente é útil quando aplicado, ou seja, quando se tem um plano de ação para atingir uma meta específica, caso contrário “conhecimento é apenas poder em potencial” (OLIVEIRA, 2019)

O que podemos aprender com a Tatá é que temos que fazer o ciclo da gestão do conhecimento para obter benefícios organizacionais por meio de pessoas, tecnologia e processos, tendo como base um modelo de gestão do conhecimento, uma forte liderança e sem desperdiçar tempo e dinheiro a procura de informações. Neste contexto, o papel do RH é fundamental, pois é importante recrutar pessoas que saibam trabalhar de forma colaborativa. Por outro lado, enfatizando, para realizar a gestão do conhecimento é necessário ter uma liderança eficaz e eficiente para que a organização use e traduza esse conhecimento em ações práticas para atingir objetivos e metas organizacionais.  Desta forma, como este executivo conclui, empresas que saibam usar, na prática, o conhecimento adquirido estará mais preparado para responder as mudanças que os negócios impõem, determinado a sobrevivência e a sustentabilidade das empresas. Portanto, a gestão do conhecimento deve estar como um dos objetivos das estratégias organizacionais.

REFERÊNCIAS:

EXAME. Gestão do conhecimento determina sobrevivência, diz indiano. Exame, 26 jun 2014. Disponível em:  https://exame.abril.com.br/carreira/sabedoria-indiana/. Acesso em: 26 nov. 2019.

OLIVEIRA, N. Conhecimento é poder? Muitas vezes não. Disponível em: https://marketingcomdigital.com.br/conhecimento-e-poder-muitas-vezes-nao/. Acesso em: 26 nov. 2019.

WE MYSTIC. Saraswati: deusa das artes e talentos mais expansivos. Disponível em: https://www.wemystic.com.br/saraswati-deusa-indiana/. Acesso em: 26 nov. 2019.